Todo mundo sabe que o atual prefeito eleito para o próximo mandato, Miguel Lopes Cardoso Júnior vinha atuando como vice da prefeita Maria José Gonzaga, (mandato 2021/2024) afastada do cargo por problemas de saúde em 5 de agosto de 2021. Ela faleceu em 8 de agosto, era o seu segundo mandato.
Em seguida assumiu o cargo o vice-Prefeito, Professor Miguel, com um enorme desafio pela frente, primeiro conquistar a confiança dos munícipes, depois, administrar com poucos recurso um município com mais de 125 mil habitantes.
Em 2023 o Orçamento de Tatuí era de R$ 572,9 milhões. Só pra você ter uma ideia, o Orçamento de Sorriso, no Mato Grosso, era de quase R$ 900 milhões em 2023, para uma população de 110 mil habitantes. Para 2025 o Orçamento de Tatuí será de R$ 724,35 milhões, o Orçamento de Sorriso será de R$ 934 milhões. Uma boa diferença!!!
Mas quais os desafios que o prefeito eleito tem pela frente?
Tatuí é uma cidade centenária, foi fundada em 11 de agosto de 1826. Como todas as cidades antigas, foi criada praticamente sem um projeto de expansão urbana. O reflexo disso está aí, a falta de infraestrutura na cidade. Mais recentemente foi aprovado pela Câmara e Prefeitura, o loteamento da Vila Angélica, sem a rede (pluvial) de captação das águas da chuva. Um erro aceito pelas autoridades. Outros municípios não aceitam isso.
Boa parte do centro antigo ainda não tem rede de captação das águas da chuva (pluvial). Por esse motivo quando cai uma chuvinha as ruas ficam alagadas, não há infiltração de água no pavimento de lajotas.
Segundo preconiza o Ministério das Cidades, todos os municípios precisam ter saneamento básico e Tatuí não tem, e não é por culpa do atual prefeito, isso vêm-se acumulando ao longo das gestões. Ninguém quis enterrar manilhas de concreto e obra enterrada não dá votos, diz o ditado. Mas alguém terá, (no futuro), que fazer essa obra.
Outro desafio, além de construir a rede pluvial, é substituir o atual pavimento de lajotas por asfalto. Ninguém aguenta mais dirigir pelas ruas do centro antigo de Tatuí. As ruas são péssimas, acabam com os carros e deixam a cidade, como se vivêssemos no século 19. É necessário asfaltar todos as ruas do centro antigo com urgência, como Itapetininga fez. Para isso é necessário um plano de revitalização e modernização da cidade.
Outra necessidade é, canalizar os córregos que nascem no perímetro urbano ou cortam a cidade, como o Ribeirão Manduca, que já foi desassoreado pela atual gestão, mas tem esgoto “in natura”, sem tratamento, sendo jogado nesse ribeirão. Isso é crime ambiental. Tem recursos em Brasília, basta apresentar um projeto consistente e bem elaborado para captação desses recursos.
Zerar as filas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) criadas pelo Governo Federal em 2003 e administradas pelo SUS- Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde. Solicitações de consultas e exames levam até seis (6) meses em Tatuí, para serem liberados, porquê? Porque faltam médicos. O Governo Federal tem a responsabilidade da contratação e pagamento desses médicos, mas o município precisa justificar essa necessidade.
Sobre a necessidade de uma reforma administrativa para agilizar os serviços prestados à população? Bem, esse é um assunto para um próximo editorial.
Abraços.
da Redação do Press7/ Edenir Vieira/[email protected]